CONFINAMENTO
ME-DITO
ME CON-FINO
ME CON-CENTRO
FECHO OS OLHOS PRA FORA
ABRO OS OLHOS PRA DENTRO
CONFINAMENTO
ME-DITO
ME CON-FINO
ME CON-CENTRO
FECHO OS OLHOS PRA FORA
ABRO OS OLHOS PRA DENTRO
A poesia da terra
era aquela flor
do meu jardim
que por bom motivo
eu cultivo
para levar a ela;
minha bela.
A poesia da terra
me deixa alado
em certa manhã
crescendo ao lado
ao vigor do sol
se desabrocha
mais ainda
e toda linda
só faz-me lembrar dela
a minha minha estrela
A poesia da terra
tem vários perfis
é impermanente
cresce, chora, sente
com levantes de paixão,
e de alegrias
mas em certos dias
se recolhe em tristeza
se debruça
em incertezas.
A poesia da terra
vem do fundo,
tem raízes, tem ambiente
vibra, vinga, sente
num espaço qualquer
nunca está ausente
do mundo circundante.
A poesia da terra
brota em cada chão
desabrocha, viça
e também vicia
ah, é pura poesia...
no meu coração
Ela era
só poesia
ao meu lado
e eu sentado
ali, centrado
tudo sentia
e nada dizia...
Ela levava
só a leveza
de estar perto
e eu sentia
um aperto
uma vontade
de tocá-la
mas nada dizia
era só poesia
Ela se foi
e assim fiquei
com seu aroma
que se soma
hoje, ao meu ser.
noites e dias.
Voltarei a sentir
sua vibração
e a vontade
de lhe dar a mão
de bater à porta
de seu coração?
Ela só quer ser ela mesma
Ela entrou no salão,
abalando as estruturas,
com sua curvatura de violão,
transbordando loucuras,
em mentes férteis,
que lhe transferem a culpa,
por suas vestes...
Ela continua dançando,
não por que querem,
continua porque é bela,
sua pele retinta
resplandece em tintas,
que colorem a tela...
Ali, ela não está sozinha,
os olhares lhe enchem de um orgulho,
de algo que ela sabe ter a mais,
ela é mulher como as outras que estão ali,
mas não pode negar que querem lhe despir...
Ela veste o vestido mais caro,
veste a lingerie ou o avental,
mas ela quer ser natural,
Sem erguer a mão,
se precisar, ela também traz o pão,
as migalhas ela dispensa,
pois depois de noites intensas,
ela também sente a dor imensa...
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