ariam-se as flores
com o peso do inseto
que quer um repouso
tranquilo, quieto
o jardim se arca
para outras vidas
machucam-se quebram
as flores sentidas.
arriam-se os sonhos
amarram-se os planos
arcam-se os desejos
de todos humanos..
quinta-feira, 9 de novembro de 2017
Contigo hei de vencer: lembrando um pouco a escola
Baseado
em texto de Angelo Nenevê
" Escola querida de luz de prazer
Contigo na vida eu só hei de vencer
Um bom estudante eu sou com
prazer
Irei sempre avante, sei ler e escrever"
Este foi um verso que a professora Vani passou. Autoria de quem? Nem lembro se me falaram o autor...Creio que não... Eu recitei estes versos. Era um poeminha que elogiava a escola e naquela época a gente não acreditava muito que a escola era “querida.” Por que querida se tínhamos que interromper brincadeiras para ir à escola, às vezes brigar com outros alunos? Por que querida se a primeira professora que tive punha medo na gente com castigos por pequenas coisas?. Acreditava que a aprendizagem se dava por medo...”Medo, medo, cada um gosta mais do seu segredo”, já dizia o Belchior. E eu tinha medo da primeira professora. Seus passos na sala, toc –toc – toc..quando se dirigiam para o meu lado me faziam tremer na base. Seria um castigo por algum erro que não sabia que tinha cometido? Ou seria que estava vindo ver se meu caderno estava limpo, bem arrumadinho e as letras bem bonitinhas?....Às vezes eu achava que as professoras exageravam no cuidado com a caligrafia e nem observavam o conteúdo do que escrevia..
Irei sempre avante, sei ler e escrever"
Este foi um verso que a professora Vani passou. Autoria de quem? Nem lembro se me falaram o autor...Creio que não... Eu recitei estes versos. Era um poeminha que elogiava a escola e naquela época a gente não acreditava muito que a escola era “querida.” Por que querida se tínhamos que interromper brincadeiras para ir à escola, às vezes brigar com outros alunos? Por que querida se a primeira professora que tive punha medo na gente com castigos por pequenas coisas?. Acreditava que a aprendizagem se dava por medo...”Medo, medo, cada um gosta mais do seu segredo”, já dizia o Belchior. E eu tinha medo da primeira professora. Seus passos na sala, toc –toc – toc..quando se dirigiam para o meu lado me faziam tremer na base. Seria um castigo por algum erro que não sabia que tinha cometido? Ou seria que estava vindo ver se meu caderno estava limpo, bem arrumadinho e as letras bem bonitinhas?....Às vezes eu achava que as professoras exageravam no cuidado com a caligrafia e nem observavam o conteúdo do que escrevia..
A primeira professora também assustava quando ia fazer a “revista”.
Ai de quem estivesse com as orelhas sujas...Além de apanhar era humilhado e
mandado ir ao banheiro para se lavar. E quem era filho da roça que saía direto
do trabalho e ia para a escola? Às vezes até todo enfumaçado daquelas queimadas
nos meses de inverno....Estas coisas faziam com que a escola não fosse
querida....E que eu não estudasse com tanto prazer..
Mas , mesmo não sendo uma escola tão “querida’ naquele dia eu falei bem alto e claro o poema que a
professora me tinha designado. E dizia “um bom estudante eu sou com prazer”
embora tivesse consciência que não era dos melhores. Mas, com certeza, dos
piores também não. Os melhores estudantes eram os “do centro”, os que iam
limpinhos, bem vestidos e bem calçados à aula. Aqueles que até levavam uma maça
à professora (“apple polishers”). Com todas estas lembranças de disparidades, hoje
a gente repensa tudo e conclui que a escola valeu a pena...Que a escola ajudou
a vencer, sim. A escola pode , sim, ajudar a diminuir as injustiças sociais, as
disparidades, tanto econômicas, como sociais. Imagine um mundo sem escola, uma
criança sem direito a aprender a ler e escrever....Agradeço a Dona Vani por ter
me dado a tarefa de recitar este poema.
As professoras eram tratadas de Dona. A gente nem sabia bem
por que Dona ou Doña como no Espanhol. Aliás havia a Dona Doña cujo nome
correto era Adônia, mas que todo mundo chamava de Doña ou, pior ainda Donha....
Dizem que alguns alunos (influência da fronteira castelhana?) falavam Doña Doña. A Doña Doña ou Adonia foi também minha
professora por um período curto.
A Dona Terezinha também me escolheu certa vez para declamar
um poema. Era mais suave e seus passos na sala não me amedrontavam como os
passos da primeira professora. Os poemas geralmente eram para homenagear a
bandeira, a escola, um “herói” brasileiro ou algo parecido. E nos sábado,
sempre havia “homenagem” para algum´´ente querido da pátria ou para um dia "glorioso.". Cantava-se o Hino Nacional,
hasteava-se a bandeira, cantavam canções, recitavam-se versos... Este era o
nosso universo...Universo da Escola...
quarta-feira, 8 de novembro de 2017
FL-U-INDO COM ELA
Feliz em te ver
leve, solta e sozinha
ávida por novos mundos
viva, suave, vibrante
inventando amplo sorriso
atingindo meu paraíso
solta as rédeas da paixão
e eu galopeio feito potro xucro
em tua direção,
desenfreado com nova busca
sem rima e sem razão..
leve, solta e sozinha
ávida por novos mundos
viva, suave, vibrante
inventando amplo sorriso
atingindo meu paraíso
solta as rédeas da paixão
e eu galopeio feito potro xucro
em tua direção,
desenfreado com nova busca
sem rima e sem razão..
Lá vem ela
Lá vem
Ela
a-legre
em passo
elegante
eletrizando
o chão,
Espalhando
sorrisos
e emoçao
Lá vejo
Meu coração
vibrante
chocado
ameaçado
por nova
paixão
domingo, 5 de novembro de 2017
chuva e lágrima
O que é gota de chuva?
O que é lágrima?
num domingo
sem ela?
num domingo
sem ela?
Nem eu distingo:
meus olhos
se molham.
A mente
se atropela
e o coração
este entao
se desmantela
A mente
se atropela
e o coração
este entao
se desmantela
sábado, 4 de novembro de 2017
Para M, onde estiver...
Para M.
Com memórias de você
Caminho ruas vazias
As lembranças caem macias
Como as gotas da
chuva...
Deixo que os pingos desçam
Roçando meus olhos
molhados
E procuro você na distância
Num futuro ou num passado.
Assim se confunde a mente
Minha alma se distrai também
Se mescla com sonhos de você
Que acredita ainda vem...
Mas tudo ganha distância
Assim como meus pensamentos
E a chuva só me alimenta
De impossíveis momentos
O que escrevo, que seja lido
Esteja onde estiver..
Para colocar sentido
Nas águas a chover
De lembranças tão fluidas
Entre o eu e o você.
Como música da chuva
Desce a tua lembrança
Só para alimentar minha alma
de uma nova esperança
M(ai)s suave que a Chuva
M(ais) suave que a Chuva
Suave cai a chuva
Lambe a janela
Desce ao chão
na calçada, na rua
se estende, se estica
se enche e flutua
Uma música de ninar
A gota a cantar
Embala meu sonhos
E todo meu pensar....
Mais suave que chuva
São os pensamentos
Percorrendo os becos
Escorrendo lentos.
As lembranças que jorram
Desaguam, se inventam
Com a água se espalham
Úmidas de afeto
E o desejo secreto
De encontrar você
No riacho de emoções..
Mas sigo sozinho.
E de mansinho
Vou sonhando
Como se fosse
Te encontrar.
Mais suave que a chuva
Ainda a me esperar...
Assim perambulo
, me molho
E engulo
Mais uma gota
De sonho
E esperança
Corra para mim
Toque minha mão
Dancemos na chuvaReguemos o coração
E quando acordo
Só sinto o gosto
Da chuva suave
A molhar o meu rosto.
Mais suave que a chuva
Meu sonho, minha fantasia
Umedecem o caminho
Sem sua companhia.
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