Pudor e Paura

Não foi uma infãncia pura mutio pudor e paura rodeando os meus dias medo da noite escura temor também de dia. O pecado, as maldições A ameaça constante de castigo O paraíso era inatingível o inferno presente inimigo. Infãncia de extremo pudor paura de tudo ao redor Como poderia sentir amor Se o medo era ainda maior?

QUARTA-FEIRA DE CINZAS

QUARTA-FEIRA DE CINZA Agosto é o mês mais nefando a fumaça vai se espalhando os pobres pulmões penam a garganta se atormenta o corpo já não aguenta a visão então se embaça. Fumaça! Fumaça! Fumaça! A cidade perde a graça Um vapor petulante invade ruas, casas, todos os seres tudo sob constante ameaça. Porém os indignados ipês eles ,têm os seus porquês Com diferentes matizes: rosas, roxos lilases mostram-se ainda capazes : se apegam às profundas raízes e por isso ainda florescem paraa não deixar-nos assombrados falam que a esperança ainda pode germinar e essa fase tão cinzenta Um dia há de terminar.