sábado, 2 de dezembro de 2017

Quando a Polícia é mal preparada o sadismo se extrapola.



Não gosto de repetir conceitos reiterando que a policia é violenta, mal preparada e mal-educada. Longe de mim querer reforçar este discurso generalizador! Há vários exemplos de bom comportamento da polícia de um modo geral e de policiais de um modo particular. É inevitável reconhecer até certos casos de heroísmo entre estes policiais. A Polícia de modo geral dá mais segurança ao cidadão e revela espírito de solidariedade e respeito para com todos.  Gostaria, no entanto, de comentar fatos particulares, presenciados no interior de Campo Alegre, que revelam  policiais mal preparados e mal educados, sem  demonstração de bom senso.

No interior do município de Campo Alegre, mais comumente na comunidade de Bateias de Baixo, local de povo humilde e trabalhador alguns policiais de trânsito realmente se excedem no exercício de sua função. Talvez por menosprezar a inteligência do povo mais ordeiro, mais humilde e mais inocente, os policiais se julgam os donos do mundo, acima de toda a lei e imunes a qualquer punição.  Atitudes grosseiras, abordagens ríspidas e abrutalhadas parecem ser  comuns. E o revoltante é que quanto mais frágil aparentar a pessoa abordada mais animalesca e insultuosa é a abordagem. Sim, insultuosas abordagens.

Qualquer cidadã ou cidadão de bem é motivado a ficar muito revoltado com atitudes grossas e brutais na hora de abordagem.  Quando policiais tratam as cidadãs e o cidadãos de bem , antes de qualquer coisa, como se fossem criminosos, não há como não se revoltar.  Parece que a lei destes policiais é  “a principio todo mundo é bandido até que se prove o contrário.” E para provar que é inocente a cidadã ou o  cidadão tem que aguentar aquelas ordens esdrúxulas e estúpidas com extravagância de autoritarismo sem necessidade.   Isso ao menos o que presenciei no interior de Campo Alegre, em Bateias de Baixo. Talvez em outros locais, nas cidades onde os policiais não se julgam tão altos em sua autoridade isso não acontece. Mas deveria  deveria ser justamente o contrário: quanto mais humilde, mais visivelmente trabalhador o povo, a abordagem deveria ser o mais tratável possível. 

Ao observar policiais falando com brutalidade e dando ordens agressivas a uma mulher para que mostrasse todos os equipamentos de segurança do carro, eu me indagava: será que eles teriam coragem de falar desta maneira com um homem em na cidade? Ou pior: será que teriam coragem de falar assim com um bandido?  Qualquer pessoa de bom senso pode perceber quem é cidadão de bem.  No entanto, para estes policiais parece que quanto mais humilde e frágil mais eles tem o prazer de soltar sua  grosseria, indelicadeza e rudez. Se quem estiver ao volante  for mulher, as atitudes são mais agressivas ainda. Este tipo de  atitude  revela covardia, com certeza.

Não é necessário  ser psicólogo nem entendido em sociologia para saber que a violência gera violência ou no mínimo revolta. Um povo educado, trabalhador, do bem, recebendo  abordagens malcriadas, ríspidas e mal-educadas, é estimulado à revolta e desrespeito para com a polícia como um todo. Uma criança que observa o jeito que sua mãe ou seu pai foram tratados sem motivo algum, logicamente vai aprender cedo  que a polícia  é bruta, ignara e insultuosa. O treinamento destes profissionais deveria ser justamente motivado pela segurança do povo, para o bem estar da população pelo respeito aos cidadãos. Será que eles ouvem isso em seus treinamentos? Ou será que ouvem somente que têm que ser agressivos, boçais e malcriados, tratando todos como bandidos já na primeira abordagem?


Este nosso conhecido  “Paraíso da Serra”,  destino  de muitos visitantes que amam o seu clima e sua natureza , que apreciam a acolhida de um povo humilde e trabalhador , que admiram as suas montanhas  e trilhas ecológicas, e todo seu cenário é orgulho para todos. NO entanto, os visitantes podem ficar decepcionados com o comportamento de policiais enviados para esta região. Com certeza, todos, moradores e visitantes merecem uma polícia mais educada!
                                            (M Nenevé)

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